quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Meu momento Melissa Cadore

Como fiquei muito tempo desaparecida, me senti no direito de publicar 2 textos de uma só vez!
Dia desses começaram (vejam a pessoa do verbo: terceira pessoa do plural. sendo assim, sujeito INDEFINIDO, aquele que segundo um dos meus grandes mestres de gramática classifica como o filho da puta das pessoas verbais. “quem começaram???”. não quer falar??? beleza...) a organizar um encontro de turma (espera-se que a turma seja realmente reunida). E-mails pra cá, ligações pra lá, e define-se o dia.
Eis que uma “pessoinha” não poderia ir. Ok, muda-se a data! Eu não poderia participar, mas fiquei pianinho... Justamente porque eu sabiiiia que jamais na face da Terra, seja lá em que milênio fosse, mudariam a data de qualquer encontro que fosse pela minha humilde causa. Adivinhem? Pessoinha (vamos continuar chamando a pessoa de pessoinha, porque prefiro não dar nomes, nem apelidos. nem nada) não poderia ir. Então, 150 pessoas (embora sempre participem apenas 30) se mobilizam e mudam a data pela Pessoinha. Sem brincadeira, depois de umas 5 datas, conseguiram fechar um bat horário, num bat local e todos ficaram felizes.
Programações, compromissos desmarcados... E aí, duas das organizadoras notaram o quão inviável era a data para elas e avisaram que não poderiam ir. Sendo que (vamos dar nomes a elas?) Tyffani e Nicoly garantem – seeeempre - a diversão da galera. No caso, mais a Tyffani, mas não quero desmerecer Nicoly.
E aí... o que aconteceu, gente??? A data não foi alterada!!!!! Vejam só: Pessoinha conseguiu alterações de data umas 5 vezes, enquanto Tyffani e Nicoly ficaram às traças.
Pessoal amigo, né? Vamos idolatrar Pessoinha, e fodam-se todos os outros! E vamos pr´as cabeças!!!
No meu momento Fábio Arruda (ou Constanza Pascolato, que é mais Global) de ser:
“No mínimo deselegante. Se mudou a data por um, mude por outros. E assim sucessivamente.”
O que aconteceu: 20 pessoas no encontro, rodinhas em separado, espalhadas avulsas pelo jardim, e uma pergunta pairava no ar "
Onde está Tyffani que tanto gosta desses encontros?"
Pois sendo eu, proprietária de tão ácido e sarcástico senso, pergunto: E Pessoinha??? Se não ia, por que tanto causou???

Tsc tsc... Essas pessoinhas que não sabem de etiqueta...

Obs: Melissa Cadore; porque eu sei ser fina. Mas eu também sei ser chave de cadeia!

Ele é: O LIGADOR!

Pessoas sem criatividade me incomodam. Não a criatividade típica dos publicitários ou a imaginação inigualável dos cientistas. Mas a criatividade para a vida.
É nauseante alguém que vive como você simplesmente porque acha legal. Tudo bem, eu sei que sou legal... Mas bem que você podia ser mais original, não é?
Certamente, muitos de vocês conhecem pessoas assim. Sabe aquela vizinha que começa a ouvir Engenheiros do Hawaí (até porque, fora eu, meu irmão e a Tati Vilela, não conheço mais ninguém que ouça isso!) só porque você ouve? Ou aquele primo que passa a comer sushi só porque você gosta?
Pois bem. Estamos rodeados de pessoas que não tem a pífia capacidade de criar seus próprios gostos, agitar seus próprios compromissos, e ter seus próprios amigos.
Já diria o trava-línguas (com ou sem hífen? Ai ai... essa reforma ortográfica me deixa louca!): o original nunca se desoriginaliza.
Tem gente que consegue copiar a mesma programação que o amigo. Pode?

É algo mais ou menos assim...
O colega X (Vamos chamá-lo de Darton Roberto – não é pessoal, não é referência, e nem sátira. É apenas Darton; Darton Beto para os íntimos), independente, chega no bar, encontra os amigos e avisa:
- Galera, infelizmente tô vazando, agora tenho um encontro de família, aquela coisa toda... Sabem como é, não é? Vou lá dar o ar da graça, se não vai arder pra mim. Se der, volto aqui mais tarde. Fui!
E lá se foi Darton Beto. E Darton Beto realmente queria ficar com a patota feliz. Mas o compromisso familiar ia azedar se ele não fosse.
Umas 3 semanas depois, lá está a turma de Darton Beto reunida novamente. Quando de repente, não mais que de repente, Florêncio Andrade, o organizador do encontro da noite (sim, ele ligou para todos para combinar o encontro) levanta-se e diz:
- Gente... Olha só, infelizmente tô indo nessa... Tenho um compromisso familiar, sabe como é... Tenho que passar lá pra não dar clima com minha mãe... A gente se fala; qualquer coisa, volto aqui mais tarde!
O fato é que Florêncio não tinha compromisso. Mas ele ficou tão incomodado com o compromisso familiar de Darton, que ele resolveu copiar!

Na propaganda da Oi (mas que operadora é essa, que tem nome de interjeição, qualidade adverbial de negação e funciona pior do que walk-talk em elevador?), “o cara” é o ligador. Se ele for O LIGADOR, ele manda. Sinceramente? Prefiro ser recebedora. Sim, porque as pessoas irão atrás de mim, eu aceitarei os convites e não precisarei me desesperar com a atitude alheia. Já Florêncio Andrade, prefere ser o ligador.

Obs: por sinal, eu uso Vivo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Manual da Mulher Resolvida

Há uns dias, conversando com uma amiga, chegamos à conclusão de que mulher pensa demais. Sim, demais da conta mesmo. E talvez aquela quantidade a mais de neurônios que os homens tem seja justamente para bloquear o surgimento de ondas bizarras de pensamentos idiotas.
Isso porque estávamos analisando nossas reações com relacionamentos. Não só pela quantidade absurda de pensamentos, mas também pelo fato de mulheres serem mais ansiosas, mais empolgadas e todo aquele “mais” dispensável embora instintivo da atitude feminina.
É simples e antiga a explicação, mas, para nós mulheres, nem sempre é óbvia. A mulher conhece um cara na balada (ou seja lá onde for). Trocam telefones. Conversam por horas. No dia seguinte, ele não liga. Sei lá, ele não ligou porque esqueceu, porque não quis, porque está com outra. Simples. Ele não ficou pensando “ligar ou não ligar?”. Se ele pensar nela com saudade, ele vai ligar.
Já a mulher, sem receber a ligação, pensa uma série de coisas:
- Será que ele não ligou porque eu não aceitei ir até a casa dele?
- Será que foi porque ele não gostou da minha maquiagem?
- Ou será que ele pegou mal com o que eu falei sobre a profissão dele?
- Ele ficou puto porque meu primo me cumprimentou daquele jeito! Com certeza ele acha que é caso... O que eu faço?
- Certeeeza que aquela piranha da Tina (nome fictício, personagem fictício) falou mal de mim pra ele!!!
- E se ele perdeu meu número?
Bom, meninas. De mulher pra mulher? (Mariiiisa!... ahahaha). Se ele quiser te ver de novo, ele vai ligar você tendo ido ou não até a casa dele. Vai ligar você estando maquiada tipo “Maya” ou rosto lavado. Ele não prestou a mínima atenção se você gostava ou não da profissão dele porque ele não tirava os olhos dos seus olhos. Ele provavelmente sabe que o rapaz é seu primo, e mesmo que não saiba, se quiser ficar contigo, ele vai atrás com concorrência ou não. Tina nenhuma fará ele mudar de idéia. E mais, se ele perder seu número, tentará te achar de alguma forma.
Logo, se ele não ligar, esqueça. Ele não se interessou. E de homens sem interesse já estamos bem cheias, não é?
Sigo o básico e divertidíssimo “Manual da Mulher Resolvida”. Se quiser, que me procure. Se não procurar, é porque não me quer. E se não me quer, eu também não te quero, meu bem! E tenho dito!
Obs: agora, o difícil mesmo, é colocar em prática...rs

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ele diz oba! ... Ela diz opa!

Não é de hoje que me interesso em desvendar os mistérios da arte do cumprimento humano. Dos discretos aos mais chamativos, o ser humano tem maneiras mais do que diversificadas de se cumprimentar.
Já bolei algumas classificações. Há alguns cumprimentos que são perfeitamente encaixados dentre as “gírias idosas”. E o mais clássico deles é o “opa! e sua variação “oba!”. Cheguei a essa conclusão observando a maneira única e inigualável que o tiozinho da banca de jornal da minha rua me cumprimenta. Já se tornou tão comum, que eu até revido um “opa...tudo bom?”. E como me apossei do “opa”, ele se apropriou do “oba”.
Amigos se cumprimentam de forma mais agressiva possível, o que torna toda esta grosseria em atitude carinhosa e invejável. Só amigos verdadeiros podem se cumprimentar assim; “e aí sua bixinha!?”, “sua biscate!”, “vaca querida!” - esse tem dona!, “faaala palhaço!”.
Ainda, há aqueles formais. Em geral, são chatos. Incluo também na chatice as mulheres da alta sociedade. É algo mais ou menos assim, respectivamente: “Olá, como vai? E a família? Há quanto tempo não os vejo!” e “Oi querida! Tudo bom, meu anjo? Ah... que graça de menina é sua filha!”.
Algumas despedidas também são comumente questionadas pela minha mente. Dia desses estava em um velório – sim, eu penso em idiotices no velório – e um conhecido da família do falecido quis se despedir de um grupo de amigos e ele mandou o clássico: “Tchau, beijo!”. E aí, me veio apenas um pensamento na cabeça: “Por que a gente manda beijo pra quem está na nossa frente e não beija de verdade?”. Sim, porque a gente manda “beijo” ao telefone, situação na qual a pessoa não pode verdadeiramente ser beijada. Ou por e-mail. Mas por que mandamos beijos – ou abraços – pra quem está na nossa frente e pode recebê-los de verdade?
O fato é que eu sou escandalosa com encontros e despedidas. Prefiro o agressivo e engraçado – porém verdadeiro e sempre carinhoso – ao formal e falso. Sou adepta do beijo e abraço real, e nada de mandar beijo pra quem eu posso de fato beijar.
Minhas amigas são sempre recepcionadas com um singelo “oi horrorosa!” (clássico, vai?) e um abraço forte. Nada de “oi querida!” e beijinhos no ar (ai que coisa sem graça!). Viva a palhaçada cumprimentativa! (peço licença para meus neologismos)
Não é?
Pois então... (então...)... Até a próxima! Beijos!ehehehe

Obs: peço perdão pela péssima qualidade do conteúdo...rs

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O mais que surreal Rei do Pop

Dia 25/06/2009. O mundo pára. A imprensa monopoliza-se em uma só notícia. Michael Jackson, o rei do pop mundial, morreu. Fãs choram, descabelam-se. Fui alegre contar pra minha mãe – sabe aquelas crianças felizes, que se alegram ao dar a primeira notícia!?! – e ouvi um “por que você está rindo?”.
A verdade é que o grande Michael deixou o mundo de forma muito convencional para sua realidade. Aliás, que realidade, não é? Pesares a parte, o cara mal tinha feições humanas. O sucesso, o poder, e tudo aquilo que chegou a ele de forma extraordinariamente explosiva, tornou o pequeno integrante do adorável Jackson 5 em um “mutantezinho(e as novelas da Record, hein? ê coisinha nada a ver...) estranho e misterioso.
Do negro ao branco, ora por vitiligo, ora por medicações. Depois, a rinoplastia e lá se foi o seu nariz afro. E, como de grão em grão a galinha enche o papo, a cada transformação um cirurgião ficava mais rico, e o pequeno – agora grande – Michael deixou de existir para dar lugar a um homem polêmico e, ainda mais, mentalmente frágil.
Seus irmãos? Bem... O grupo logo se desfez, e sua irmã tentou manter-se nas listas de sucesso. Mas ninguém chegou nem perto de Michael. Mundialmente conhecido; mundialmente tocado e adorado. Quem nunca ouviu, dançou ou brincou ao som de Billie Jean ou Thriller?
Não seria – não mesmo, nunca – prepotente a ponto de questionar seu talento. Isso ele tinha e não há discussão. Tinha um poder de conquistar as pessoas com a sua música de forma inigualável. Mesmo quando, ainda criança, emocionava cantando Happy.
O fato é que Michael era uma personalidade tão surreal para minha cabeça, que uma simples morte não era um desfecho para sua história. Talvez, até porque há muitos anos Michael não é mais aquele Michael. Muito antes até mesmo de suas dancinhas com a turma do Olodum (embora a música seja boa, já não era mais a mesma identidade) e aquele tambor quase cair na sua cabeça. (será que caiu? será que foi isso?)
Não me impressionei. Acho que a sua transformação foi muito mais impressionante do que uma parada cardíaca. Foram tantas histórias paralelas – Terras do Nunca, crianças, filhos encapuzados, namorada enfermeira – que a história principal foi enterrada antes mesmo do féretro chegar. Aquele Michael, que cantava ABC, Thriller e Black or White já havia morrido há muito tempo. Perdeu-se no sucesso.
Será sempre Michael, porque suas músicas serão sempre lembradas e será sempre o gênio do pop. Da dança diferente, da calça curta e as meias de paetê. Mas a morte já havia chegado. Há muitos anos. Só faltava oficializar.
Que fique na memória o grande astro que foi. E não aquilo em que se transformou. E não ri por maldade. Mas simplesmente porque para mim, Inês já era morta. Michael já era finito. Mas, que seja, para sempre, Michael Jackson, o rei do pop!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Então...

Existem palavras em nossa vida que apresentam função extraordinariamente variada. Isso porque palavras não são só palavras, ainda mais quando regadas com caras e bocas. São expressões, sorrisos, olhares. Uma palavra bem colocada pode emocionar, traumatizar, marcar toda uma vida. Sim e não, na boca de uma mulher, podem ter sentidos inimagináveis.
Mas a palavra de hoje não é nem sim, nem não. Nem ontem, nem hoje ou amanhã. Nem agora, nem depois. A palavra é: ENTÃO.
De acordo com o Houaiss (por sinal, amo e odeio esse nome), temos algumas definições:
- advérbio (nesse ou naquele momento; nessa situação; em momento futuro).
Ex.: Quando vocês estiver mais velho, aí então compreenderá tudo!
- interjeição (admiração, espanto; animação).
Ex.: Vamos lá, então!?!
- substantivo masculino.
Ex.: Num belo dia de então, surgiu a bela noiva.


Tudo devidamente explicado e exemplificado. Mas não há situação em que “então” melhor se encaixe do que como “palavra iniciadora de notícia complicante” ou “termo próprio de indiferença ou desprezo” ou, ainda, “prefixo de má notícia”.

Seguem, abaixo, os exemplos:
- palavra iniciadora de notícia complicante.
Roberval está em sua sala de trabalho. Sempre cumpriu com suas obrigações. Ainda assim, nunca foi um funcionário muito brilhante; Roberval não era muito criativo. E considerando que este trabalhava em uma agência de publicidade, ficava inviável mantê-lo empregado. É chamado pelo seu chefe:
- Roberval, como vai?
- Feliz, Sr. Tibúrcio. E realizado, já que trabalho nesta empresa para a qual tanto me dedico!
- Então... Era sobre isso que gostaria de falar...
Notem que não há necessidade alguma de descrever o final da conversa. O termo “então”, neste caso com função de “palavra iniciadora de notícia complicante” e ainda, se confundindo como “prefixo de má notícia”, inicia a notícia de forma sagaz.

- termo próprio de indiferença ou desprezo.
Aninha havia se encantado por Alexsander. Como sempre fora uma menina tímida, pediu para Carolyne perguntar para Alex o que ele pensava sobre ela.
- E aí, Alex... certinho?
- Faaaala, Carol! O que é que manda???
- Ah, sabe o que eu ia te perguntar? O que é que você acha da Aninha?
(silêncio... e um grilo cantando, até que...).
- Então, Carol...Sei lá...
Vejam como há um corte importante na conversa. Forma-se uma tensão tão forte, que seria possível cortá-la com uma tesoura. Alex definitivamente não dá a mínima para Aninha. Talvez, nem saiba que ela é.

- prefixo de má notícia.
Situação muito comum em hospitais.
- Doutor, como está minha avó?
- Então... nós fizemos o possível...
Reparem na finalização desnecessária da informação médica. Para bom entendedor, um pingo é um ponto. Imagine só um então.

Eu mesma sou adepta do então. Muitas vezes sinto que a única palavra que poderá me salvar de situações complicantes é a palavra então. Até mesmo para desligar o telefone. Muitas vezes a conversa – mesmo boa – já está chegando no fim, e a pessoa do outro lado da linha permanece contando a respeito da bala de côco que a Dona Florinda fez, e acabo soltando um “Então...” (nestes casos, as reticências são insubstituíveis).
Ou mesmo aquele cara chato, na balada ou qualquer outro cenário, que insiste em te paquerar... Até que, em um belo momento você resolve tudo – tudo mesmo – com esta simples palavra: “Então...”.
Sendo assim, não havendo mais nada para ser declarado, apenas reflito e digo...
Então...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A velha história do medo masculino

Bom... Como detestei o texto anterior, resolvi me retratar publicando um texto muito antigo, que escrevi há aproximadamente um ano, com assunto semelhante. Acho que é menos pior... (rs)
Segue abaixo:

A velha história do medo masculino

“- Prima, não existe homem perfeito. Portanto, teste vários, escolha o menos pior, e adestre! (Angélica Florentino, minha prima)”

- Te ligo depois, tá?

Uma dúvida que me consome. Sempre. Se sabe que não vai ligar, porque diz que vai? Perguntei para alguns rapazes conhecidos. A reposta foi: “O que você queria? Que a gente dissesse ‘olha, eu não vou te ligar!’?”.
Juro, eu respirei fundo. Homens queridos do meu país, se vocês sabem que não vão ligar, simplesmente não digam que vão ligar! Existem várias frases prontas, e eu gostaria de ajudá-los nessa luta:
- A gente se fala!
- Valeu por hoje, viu? Boa noite!
- Tchau!

Não sei se só eu que noto isso, mas, quando mulher não quer ligar, ela não faz propaganda enganosa. No fundo, homens são grandes publicitários. Mas daqueles cruéis, que deixam você com vontade de comprar o produto, e na realidade, o produto nem é tão facilmente encontrado nas prateleiras do país.
Já conheci diversos tipos de homens publicitários. Talvez você, mulher, reconheça algum. Talvez você, homem, se identifique com algum!
Carente: Ele faz você acreditar – e até ele acredita nisso – que ele precisa de você. E não adianta negar, dependendo do poder de persuasão do cara, você cai. Só não se esqueça de que deve ter umas outras 10 acreditando nisso também.
Romântico: Ele te busca em casa. Abre a porta do carro. Paga a conta. Tudo isso, no primeiro encontro. É um verdadeiro levantador de egos. Tudo isso, no primeiro encontro. Enche a pobre moça de elogios, sai de mãos dadas. No primeiro encontro. Só um porém: não há um segundo encontro.
Amigo: Ele te respeita, te elogia; faz a caça acreditar que ela é a mulher da vida dele. E de fato é. Mas o problema desse aí é que, no fundo, no fundo, ele sabe que a garota é muita areia pro caminhãozinho dele, e ele prefere deixá-la de lado, e fazer papel de amiguinho do coração.
Zé Roela: Ele é um cara assim... bem... Ele até tenta, faz um esforço, mas é um caso de publicitário frustrado e sem muita competência. Toma, eventualmente uma iniciativa, tenta um xaveco, mas não convence. (nem devia estar nesta lista, mas serve de introdução para o próximo)
Zezão: Esse é um cara perigoso. Ele se faz de Zé Roela, liga pra você, tem um xaveco lento, e você não dá muito crédito pro cara. Mas, como ele é simpático, te trata bem, resolve dar aquela oportunidade. Eis que ele se mostra um cara um tanto sem tato, que se faz de Zé Roela para te comer.
São inúmeros os tipos, e deixo de lado alguns, pra outra hora. Mas todos tem uma coisa em comum: MEDO! Sim, homenzinhos, vocês são medrosos, e só agem assim, porque tem medo! Medo de perder a menina, medo de perder a galinhagem, medo de não comer, medo de perder a amiga. Sinto muito, meus queridos, vocês são uns medrosos!

domingo, 7 de junho de 2009

Receita de Bolo de Chocolate (com segredos da vovó!)

Definitivamente, desisti de entender a mente masculina. Não tenho mais paciência, energia ou vontade para isso. Chega!!!
É completamente habitual ouvir por aí que “ah... mulher é um bicho complicado...”; e o que não percebem é que mulheres são seres essencialmente previsíveis. É como uma receita de bolo de chocolate. Pode ser uma receita russa, chinesa, brasileira ou aquelas austríacas (do século passado); o fato é que em todas elas haverá chocolate. Pode ser em pó, ralado, ao leite ou meio amargo. Mas o chocolate sempre estará lá (juntamente com leite - ou água - ovos e farinha, tornando tudo completamente comum e previsível).
Homens não. Não são como receita de bolo de chocolate. Homens nem são como receita. São como um ingrediente único, e o complemento de cada um é que torna tudo mais complicado de se entender. Então, de forma didática, diremos que homens são como peças de alcatra.
Uma peça de alcatra pode ser feita de maneiras diversas. Cozida na panela (inteira ou em pedaços), levada à chapa (em bifes) ou assada em churrasqueira (que pode ser inteira ou cortada, no carvão ou a bafo, ou até envolta em papel celofane). Seu tempero pode ser apenas sal, ou condimentos mais refinados; pode ser feita com legumes, com verduras, sem ninguém. Mas a peça de alcatra, em si, é sempre uma peça de alcatra.
Logo, homens são sempre homens. O que muda é que alguns são refinados, outros mais rústicos. Alguns são mais temperados, outros sem nem ao menos sal. Seus complementos e formas de preparo os tornam completamente complexos de serem entendidos. Eles podem ser educados ou grosseiros, xavequeiros ou tímidos, sérios ou divertidos, com ou sem compromisso. Mas, seja lá qual for o tempero, há um componente chave que nunca – nunca mesmo! – estará ausente: MEDO.
Homens têm muito medo. Quando criança, medo de ser mais fraco que o coleguinha, medo de perder no futebol... Na adolescência, medo de perder a namoradinha, medo de não passar no vestibular. Quando adulto, até medo de compromisso acontece. Mas o que mais impressiona é quando o medo é de mulher decidida e segura.
Isso porque mulheres decididas jogam limpo, dizem o que querem, fazem o que querem e não têm medo de arriscar. Vivem bem sós ou acompanhadas; vão atrás do que querem e sabem - muito bem - o que querem.
Não seria lógico que homens – fortes como dizem ser, resolvidos como pensam ser – quisessem mulheres assim? Mas homens têm medo de mulheres que jogam limpo – justamente porque eles não jogam; das que dizem o que querem – porque eles não dizem; e das que sabem bem o que querem – pois eles não têm a menor idéia do que eles querem pra almoçar, que dirá o que querem para a vida.
Outro dia, uma colega de trabalho perguntou: “e o namorado???”, e prontamente respondi “não tem namorado...”. E aí, veio a réplica “ah! Porque não quer, né?”. “Não... porque eles não querem...” (rs). “Também, assim... toda segura de si, não tem homem que agüente!”.
Pois é... Eu aqui, querendo uma alcatra que me faça feliz - seja de panela, de churrasqueira ou na chapa - e eles fugindo de um bolo de chocolate básico, talvez com algum segredinho de vovó na receita (aqueles de família, jamais revelados!); mas previsível (embora nem sempre comum), como um bom bolo de chocolate!

Obs: Alcatras queridas, candidatem-se!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O corpo, a morte leva. O nome, a obra imortaliza.

Definitivamente, lidar com a morte não é, das situações, a mais fácil do mundo. Mas tem gente que capricha nos comentários. E sendo assim, cabe a mim, comentar e analisar as reações humanas...
Lá está você. No meio de uma aula, tema livre – a definir pelo leitor – e seu telefone toca. Tenta sair discretamente da aula para atender à chamada no corredor (e só tenta, porque são nesses momentos que você tropeça na mochila do colega, derruba uma caneta e quase cai no colo do professor) e recebe uma notícia (não necessariamente bombástica): “Filha, o tio Astolfo faleceu, viu? Mais tarde a gente passa no velório”. É... Tio Astolfo era um cara legal... Merece nossa última homenagem mesmo. No mínimo, justo.
O fato é que aquela sua colega pergunta – e sempre pergunta – quem era ao telefone. E você conta. Inclusive sobre a parte do velório e a visita que ocorrerá “mais tarde”. E ela solta aquela brilhante frase: “Ai credo... não gosto de velório!!!”.
A minha resposta é sempre previsível e repetitiva: “Ah! Jura? Eu, no caso, adoro!”. É evidente que eu não adoro. Aliás, ninguém adora velório. Teria que ser uma pessoa muito fúnebre para realmente apreciar seus momentos em velórios alheios. Que graça tem? Uma pessoa morta, uma família chorando, alguns amigos saudosos, velas flores e silêncio. Não é um momento para se apreciar. Apenas uma última demonstração de respeito e consideração. Um momento para lembrar os bons frutos que foram deixados. E, como o mestre João Nogueira, pensar “o corpo, a morte leva; o nome, a obra imortaliza”. E pronto. Ali, longe, jaz...
Tio Astolfo é seu tio avô. Dizem que era 2 anos mais velho do que a informação contida em seu documento. Pela certidão de nascimento, tio Astolfo tinha 98 anos. Sempre tem aquele parente-ator que faz escândalo. Tudo bem... É um querido que se perde; mas é uma história que fica, embora sem o personagem principal. Que tio Astolfo seja feliz, já que foi dessa para melhor uma melhor... Mas, escândalos, não. Por favor, não. Penso: "o que se passa na cabeça desse ser humano? Tio Astolfo tinha – de vida – 100 anos... Realmente a morte foi injusta, ele deve ter feito alguma extravagância para ter partido assim, tão moço... "
A tristeza vem... “Só porque, é triste o fim” - já dizia o poeta Hebert Vianna. A morte é assim. Como um ponto final numa história que ainda poderia ter mais algumas reticências, meia dúzia de exclamações, e ainda – e por quê não? – umas 3 interrogações. Não agrada e nem é esperada. Mas é como (e como estou musical, hoje!) Milton Nascimento, lindamente, escreveu: “todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação; tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais; tem gente que vem e quer voltar, tem gente que vai, quer ficar; tem gente que veio só olhar, tem gente a sorrir e a chorar... E assim chegar e partir, são só 2 lados da mesma viagem”.
Cabe a nós, ainda na viagem: apertarmos os cintos e, firmemente, seguir pelo caminho.

Obs: firmes, e sem gafes. Por favor!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Minha visão de mundo, enquanto caneca...

(já que fiquei tanto tempo sem postar, faço justiça e publico 2 textos em um mesmo dia...rs)

Ando numa fase meio caneca da minha vida. É, isso mesmo. Caneca. Caneca é um artigo que você vê numa loja “da onda”, acha linda, mas não compra porque não tem espaço em casa, porque não está precisando no momento, ou porque achou muito cara. Até porque, caneca é sempre uma caneca, serve pra colocar uma coisa dentro e beber, tem uma alça pra segurar, mas, na falta dela (da caneca), um copo resolve bem.
Pois é mais ou menos isso. Tenho algumas coisas dentro de mim, tenho minha utilidade, mas me sinto a caneca da loja “da onda”: ou me acham cara demais, ou não estão precisando, ou estão sem espaço para mim em suas vidas. Basicamente um copo serve de substituto.
O fato é que copo* e caneca* têm a mesma função.
O copo é mais prático, acredito. Anos atrás, bastava comprar um copo de requeijão por semana e sua coleção de copos estava garantida. É fácil de limpar, não ocupa tanto espaço nos armários. Serve para a Coca-Cola, pro leite com Toddy e até para o velho cafezinho no fim da tarde, que tem toda uma graça rústica no copo.
A caneca é mais clássica, porém menos prática. Aquelas asas das canecas ocupam um certo espaço nos armários. Precisa-se de uma boa noção de quebra-cabeças para conseguir encaixá-las da melhor maneira. Essa tal asa, aba ou sei lá como preferem chamá-la, torna a limpeza levemente mais trabalhosa. Não pega bem beber Coca-Cola, dá um sabor especial ao achocolatado e torna a hora do café um momento muito fino e elegante.
Acontece que já não sei mais se prefiro copo ou caneca para mim. Só sei que as pessoas preferem os copos. São mais fáceis pra lidar. Canecas precisam de um cuidado maior, se lascam ficam com defeito, e são deixadas de lado... O copo a gente troca sem dó. Com a caneca, a gente se apega.
Não tenho copos preferidos em casa. Mas tenho uma caneca que é de estimação. Sua asa se encaixa perfeitamente na minha mão, e ela conserva a bebida em sua temperatura ideal por muito tempo. Copo não conserva temperatura. E se a bebida for quente, ainda é desconfortável segurá-lo. Você pode até se queimar.
Talvez seja isso. Talvez não estejam querendo se apegar. Talvez não estão tendo tempo para mim. Porque caneca dá trabalho, nem combina com qualquer coisa. Copo é mais fácil de garantir outro igual para substituição. Qualquer supermercado por aí pode resolver seu problema com copos. Mas canecas... Ah!... Como é difícil ser caneca. E é difícil saber cuidar de canecas.
Enquanto vivo minha fase de caneca, só digo uma coisa a vocês, práticos facilitadores de copos: cuidado, vocês podem se queimar!

*De acordo com o famoso Dicionário Michaelis...
Copo:
Pequeno vaso para beber, sem asa e de forma cilíndrica, ou alargando para as bordas.
Caneca: Recipiente com asa, que faz às vezes de copo; caneco.


Obs: reparem... canecas fazem às vezes de copo. Mas têm uma asa a mais... que o copo... ah! o copo não tem!!!

Pensou mudança, pensou Granero

Novamente – mas por um bom motivo – sinto a necessidade de falar sobre um causo masculino. Não é perseguição, de forma alguma. Eles apenas me dão motivo para isso. E muitos motivos... Às vezes, depois de um “pé”, me pergunto se a célebre frase “ah... ele não quis ficar com você porque você é muuuuita areia pro caminhãozinho dele” poderia ser real. Pois ela é mais do que real.

Dentre muitas decepções deste e outros anos, aprendi que em 95% das vezes, era ele quem não podia comigo. E a culpa de dar errado era minha por uma única razão: eu era demais pro cara. Definitivamente, ele teria que fazer pelo menos 2 viagens pra transportar toda a areia. E, sinceramente? Quero um cargueiro que dê conta de uma viagem só.

Cansei de ter que pagar frete pra ser levada. Deixo as carretinhas de transporte local apenas para a curtição eventual, agora. Antes, acharia um absurdo, prepotência demais achar que eu era muita areia. Tomei umas doses de “se-mancol” e reavaliei os fatos passados.

Houve quem não quis continuar junto porque eu ia ser médica. Agora há quem não quer porque eu sou médica... Houve quem sumiu porque eu era muito “papo cabeça” e ganhava dele nas argumentações. Houve quem não gostava de imaginar que eu iria ter um salário maior. Agora há quem não quer porque eu tenho um salário maior... Conheci também um que me achou madura demais, mesmo eu sendo 8 anos mais nova que ele. Teve até quem sumiu porque eu era muito segura e menos ansiosa do que ele e suas manias.

Depois, ainda tenho que agüentar as amigas que dizem que eu sou muito “seletiva”. Não sou eu quem seleciona demais. Eles que me selecionam de menos. O limite de carga é muito pequeno. Sabem bem o que podem e devem carregar; o que a maquinaria agüenta. Tem um pouco de senso. Bom pra eles. E pra mim.

Pois saibam desde já. Não aceito mais Kombi estilo “faz-se carretos”. Agora eu só aceito fechar contrato com Granero ou afins. E por favor, cuidado com a mercadoria: conteúdo frágil. E os danos podem ser irreparáveis!

Obs: tragam plástico bolha porque eu gosto de estourar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nada além da verdade

Ultimamente ando pensando em como as pessoas se incomodam com a verdade. Acho que por essa razão que, uns 15 anos atrás, fiquei encantada com um texto do Walcyr Carrasco, chamado “Delírios de Honestidade”. De forma exagerada, ele dá uma meia dúzia de exemplos de situação em que a verdade prevaleceria. Vendedores de roupa criticando uma das peças para o cliente, cirurgião plástico revelando que não conseguiria fazer milagres com a falta de beleza da paciente e assim seguia.
Em geral, aquele que é verdadeiro fica comumente rotulado de grosso. Ou estúpido, seco, arrogante. Mas ele é simplesmente verdadeiro. Realmente é difícil ouvir verdades, mas dizer também o é. Mas, o fato é que: dizer verdades alivia a alma, te coloca no eixo e pode render um pouco de risadas também. Desde criança fui verdadeira – até demais. Mas agora, com 24 anos, ando um poço de sinceridade. E meus amigos – que amo demais – sabem disso e já nem se incomodam. Já aprenderam a apreciar minha sinceridade exagerada.
Um tempo atrás, uma amiga (iremos chamá-la aqui de Clotilde – já que é para não falar quem é, usarei então nomes alternativos para tornar mais bizarra a citação) cortou uma franja. Clotilde é uma bela garota; loira, alta e de olhos azuis.* Mulherão mesmo. Pelo shopping, a encontrei. Com a tal franja. Sabe, deveria ser decretada uma lei em que franjas retas na altura das sobrancelhas seriam autorizadas apenas para a seguinte faixa etária: de 1 a 5 anos. Após este período (de 5 anos e 1 dia até 115 anos) franjas assim só tem uma função, que é tornar a pessoa ridiculamente imbecil. E começamos a conversar. Mas era inevitável, meu olhar seguia aquilo que mais chamava a minha atenção (que não era nem a roupa de Clotilde, nem os olhos, nem o moreno lindo que passava – ou não – atrás de mim), ou seja, a franja. Assim sendo... “Você não pára de olhar pra minha franja! O que você achou, não gostou?”. “Na verdade a única coisa que passou pela minha cabeça, neste momento, foi ‘ainda bem que cabelo cresce’...”. Clotilde, grande e velha amiga, riu. Já me conhece. E nunca mais cortou a franja assim (Ufa! Doutrinei uma pessoa!).
As pessoas não gostam da verdade, esse é o problema. Justamente porque, em geral, elas conhecem a verdade. Só não aceitam. Ou vocês realmente acreditam que Clotilde gostou da franja? Não gostou; se gostasse, iria manter o corte.
Sempre fui de falar o que eu achava. Se não pudesse, aí não falava absolutamente nada. E mais, depois que descobri como me faz bem falar o que me incomoda... Ah... Virei franca-atiradora de verdades!
Dói? Fere? Machuca? Naaaaaada... Aprendam que, nesta vida, podemos doutrinar pessoas! E fazer com que o mundo tenha mais pessoas de bom senso. Até porque, bom senso é fundamental!

*Adoraria ser loira de olhos azuis (mas já me conformei – e me adoro! – morena, alta e de olho castanho-escuro [e não menos mulherão por isso...])!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Te desejo sorte!

Sempre fui rotulada pelos meus afins de “irritada”, “brava” ou qualquer outra palavra que me definisse como uma pessoa estressada e intolerante. E sempre dei um jeito de fugir desse rótulo.
Agora, definitivamente, assumi o rótulo.
Assumo e explico o porquê: eu não suporto gente burra!!!
Pensem o que quiser, mas é isso. Preto no branco. Não suporto gente burra. Acontece que tem gente espalhada pelo mundo que faz questão de ser imbecil. Sendo assim, faço questão de ser irritada.
O comércio é um dos setores deste nosso Brasil varonil que mais me proporciona exemplos.
Vejam só:

1 - Você entra numa loja. Passou previamente pela vitrine e viu uma bela camisa. Pensa: “Puxa, um bom presente para a tia Cotinha, o aniversário dela é em alguns dias... quem sabe não encontro do tamanho dela?”. E entra. Assim, inocentemente. E começa a peleja. “Posso ajudar?”. Nessa hora eu penso – e só penso, juro – “pode sim... estou com uns problemas em casa... vamos conversar?”. Mas, respondo: “Aquela camisa... você tem G?”. Aí, começa a complicar: “Pra quem que é?”. Na verdade, não faz a mínima diferença pra quem é, até porque, a infeliz da atendente não conhece a tia Cotinha, e mesmo que conhecesse, quem está dando o presente sou eu! Mas, ainda mantenho a classe. “É presente”. “Ah”.
* Acho que há uns 7 anos, em uma loja, depois da célebre “pra quem que é?” eu respondi “pra minha tia, conhece?”. Acredito que a menina nunca mais tenha perguntado isso para ninguém.

2 – Você entra numa loja. Outra, não a mesma da tia Cotinha. Passou – também – previamente pela vitrine e gostou do jeans exposto. Entra e, da mesma forma inocente, questiona. “Esta calça... você tem 44?”. “Ah... mas você usa 38!”. “Não, é 44. Eu me conheço. Juro”. “Imagina! Você é magra!”. Penso – e só penso – “quem disse que quem usa 44 é gorda, sua vaca?”. “Por favor, 44”.
* Uma vez eu falei: “Ok, traz a 38, mas se rasgar não aceito cobrança”. Ela me trouxe a 44.


3 – Loja de sapato... Ah... Ai começa a festa do caqui. Você olha uma bota. Marrom. Salto alto. Bico fino. “Aquela bota... sabe? (você aponta). Tem 39?”. “Só um minutinho!”. Três horas e meia depois... “Olha só... aquela bota eu não achei, mas achei essa sandália vermelha com detalhes em amarelo, 38, mas a forma é grande! E está super em conta”. Sabe... Nesses momentos eu evito responder até um “não quero”, porque tenho medo de agredir a atendente. Para começar, não quero nada super em conta, muito menos a merda da sandália.

4 – À procura de uma camisetinha básica, entro calmamente em uma loja. E descrevo: “Oi... é, tem umas blusinhas de cotton, da Malwee, de gola careca, você tem preta, M?” (Reparem que eu defini material, marca, modelo da gola, cor e tamanho, fácil assim. São necessário 2 neurônios. O de receber a mensagem e o de preparar a resposta.). Eis que o quadrúpede que me atendia falou “Temos sim” e mostrou uma cacharrel de lã. Tamanho P. Cor púrpura. E não era da Malwee.

Pois são por cretinices assim que me descontrolo. Porque eu faço solicitações simples e alguns seres (não humanos) não sabem agir de forma adequada.
É simples assim: Se eu for comprar um presente, não interessa a você, sr. Vendedor, saber pra quem é. Se eu quero usar uma roupa 44, se vai ficar larga ou feia, o problema é meu. Se eu peço uma bota marrom, é porque tenho frio nos pés e preciso de um sapato marrom, e não uma sandália vermelha e menor que meus pés. E ainda, se peço uma blusa X, não seria mais fácil falar que não tem a mostrar uma polaina verde?

Depois, quando eu chego na farmácia e o caixa me fala, felicíssimo “Oi! Tudo bem?!?” e eu penso “Primeiro, você não é meu amigo, logo, sem conversas. Segundo, estou na farmácia, portanto, nada bem. Cobra logo e abraço.” – embora não fale – e sou seca, as pessoas me acham grossa.

Mas é que existem situações óbvias que merecem resoluções óbvias. Fora disso, não há salvação.
Por isso, digo (plagiando a conhecida de uma amiga):
"Sim, eu sou grossa. Mas, tem gente que dá sorte. "

segunda-feira, 11 de maio de 2009

PROCURA-SE

Procura-se homem sincero, agradável e bom de papo. Que seja inteligente – ou ao menos culto – e tenha assunto para mais do que 30min de conversa. Um desses que goste de ler e que – pelo amor de Deus – não tenha no seu perfil de Orkut, a seguinte preferência literária “os com poucas páginas”.
Que aprecie boa música e esqueça todos os barulhos pouco melodiosos do mundo. Não precisa conhecer toda a discografia do Chico Buarque, nem ouvir Pavarotti no carro – definitivamente não... – mas que saiba ao menos que samba é diferente e muito mais elegante que pagode, que MPB é muito mais do que Gal e Bethânia, e que Toquinho não canta apenas “numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo”.
Não precisa de muita coisa, além de ter a capacidade de me fazer sorrir. E gargalhar também. Pode me provocar um pouquinho de ansiedade antes de encontrá-lo, mas nada muito angustiante, pois faz perder a graça (e, homens... vocês têm o dom para isso... incrível!).
Não precisa ser rico. Nem ter o carro do ano. Mas seria mais elegante se ele pagasse minha comanda no bar, ou um jantar num sábado à noite, só para mostrar que pode cuidar de mim. Nem que seja um café com leite da padoca da esquina. Nem que me busque em casa (a pé mesmo...) e mostre que está lá pra me proteger.
Gostaria também que ele ligasse quando prometesse. Que comparecesse aos lugares quando combinasse. E que, eventualmente, ligasse sem prometer, e aparecesse sem combinar. Só para me surpreender.
Pode usar terno e gravata, tênis e jeans, e inclusive, aprecio aqueles que gostam de all star.
Pode gostar de futebol, jogar sinuca com os amigos e ver a final do campeonato no bar com a galera. Mas não tenho aptidão pra cuidar de bêbado em casa e nem tratar com carinho se chegar apresentando náuseas e vômito. Oriento um plasil, e sucesso.
Não exijo mais “loiro, alto e de olhos azuis – ou verdes”. Apresentável e convencional. De nome conhecido e família tradicional (este último quesito, nunca fiz questão... nunca mesmo). Dispenso o carro do ano, e fico feliz até mesmo com um Uno.
Mas só queria alguém que me fizesse rir – e muito! Que gostasse de me ouvir. E gostasse de me fazer ouvir. Um desses que, ao meu lado, tornasse o tempo infinito e mais bonito.
Que fosse diferente e fizesse a diferença. Que me proteja e permita ser protegido.
Que eu goste e que goste de mim.

Garanto boa recompensa.

Entre em contato assim que encontrar.

Grata

Pra começar

Acho que será elegante, para começar, uma breve apresentação.
Ainda mais porque você pode passar por aqui sem destino e pensar que eu sou apenas uma louca qualquer...
Não! Não sou uma louca qualquer!!!
Apenas analiso o mundo do jeito que ele se mostra pra mim. Com rigidez, eu diria... mas busco um pouco de humor - mesmo que ácido, salgado e apimentado - para tornar a verdade um pouco mais interessante.
Não sou escritora. Nem tenho pretensão de ser.
De carreira, sou médica.
De vaidade, gosto de maquiagem. (excessivamente)
De futebol, sou são paulina.
De amor, sou até romântica.
Do mundo? Sou analista do meu jeito.
Da vida? Sou apaixonada.

Sejam bem-vindos!